𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝟏𝟎 ▎dentuço
DÉCIMO | dentuço
O tempo em Hogwarts passava consideravelmente rápido, quando notaram que Novembro entrou trazendo consigo um clima frio, muito frio.
Começara a temporada de quadribol. No sábado, Harry estaria jogando sua primeira partida depois de semanas de treinamento: Grifinória contra Sonserina. Se Grifinória ganhasse, subiria para o segundo lugar no campeonato das casas.
Quase ninguém vira Harry jogar porque Olívio decidira que, sendo uma arma secreta, a participação de Harry deveria ser mantida em segredo. Mas de alguma forma a notícia de que jogaria como apanhador vazara e Harry não sabia o que era pior – se as pessoas dizerem que ele seria brilhante ou dizerem que iriam ficar correndo embaixo dele com um colchão.
O jogo do garoto preocupava suas irmãs, Filipa conhecia seus colegas de casa e eles sabiam como trapacear quando queriam. Ainda era meio assustador para elas que as vassouras poderiam voar, e imaginando Harry em uma no meio de tantos garotos com o dobro de sua altura, as deixavam assustadas.
Após o desesperador encontro com o trasgo no banheiro, Ron e Harry se aproximaram de Hermione e a garota era incrivelmente simpática e inteligente, ao menos aos olhos da Potter lufana.
A Granger começou a se juntar a eles na mesa da Lufa-Lufa em todas as refeições, e uma vez Ken jurou ter visto a professora McGonagall suar frio olhando para o grupo.
Nos ultimos dias Ron, Harry e Hermione não se separavam por nada, viviam para cima e para baixo juntos. A Granger sempre tentando ajudar os amigos, principalmente o Potter que estava extremamente nervoso com a sua estreia.
Dandara e Hannah passavam horas na biblioteca, no início era para estudarem para as aulas de transfiguração e feitiços, mas acabaram se perdendo nos inúmeros livros de histórias bruxas no local. É impossível não dizer que elas continuavam sendo as últimas a deixar a sala de aula.
Pelo contrário dos dois sonserinos, Filipa e Kendrick estavam verdadeiramente se esforçando para aprender mais sobre o mundo bruxo e tirarem boas notas. Mesmo não sendo uma nascida trouxa, Lipp ainda cresceu longe da magia e não sabia nada sobre, então se juntou com seu amigo, um nascido trouxa para aprender de vez.
A Potter também descobriu como a sua colega de mesa Emilly era legal, a corvina era muito inteligente apesar de ser um pouco avoada. Mas ela sempre andava sozinha, e Filipa se perguntava o que impedia os seus colegas de casa a se afastarem dela.
A dupla de sonserinos se levantaram cedo e antes de ir até o salão principal corrigiram as redações de poções, eles não duvidavam nadinha que Snape acharia um defeito e queriam estar preparados.
O Salão Principal estava impregnado com o cheiro delicioso de salsichas e com a conversa animada de todos que aguardavam ansiosos uma boa partida de quadribol.
A dupla se aproximou da mesa amarela e se juntou ao grupo, sentado ao lado das lufanas que atacavam grandes pedaços de bolo.
── Você tem que comer alguma coisa. ── Ron diz ao amigo.
── Não quero nada.
── Só um pedacinho de torrada ── tentou persuadi-lo Hermione.
── Não estou com fome.
Harry se sentia péssimo. Dentro de uma hora estaria entrando na quadra.
── Tem certeza, Jamie? ── Dara perguntou ao irmão que concordou ── Mas o bolo está uma delícia.
Filipa suspirou. A morena pegou um prato e serviu um pequeno pedaço de bolo e duas torradas, e em um copo serviu um achocolatado.
── Coma. ── colocou na frente do garoto que novamente negou ── Você vai comer ou eu mesma vou fazer questão de te derrubar daquela vassoura, anda.
Harry suspirou mas comeu de forma lenta, satisfeita a irmã começou a servir o próprio prato.
Aí pelas onze horas a escola inteira parecia estar nas arquibancadas que cercavam o campo de quadribol. Muitos estudantes tinham levado binóculos. Os lugares ficavam no alto mas, às vezes, ainda assim era difícil ver o que acontecia.
O grupo se juntou a Neville, Simas e Dino, o fã do time de segunda divisão na
fileira do alto. Como uma surpresa para Harry, eles tinham pintado uma grande bandeira em um dos lençóis que Perebas roera. Dizia: Potter para Presidente e Dino, que era bom em desenho, tinha pintado o grande leão de Grifinória embaixo. Depois Hermione apelara para um feiticinho para fazer a tinta brilhar multicolorida.
── Será que ele vai ficar bem? ── Dara perguntou à irmã.
── Harry esperto, tenho certeza que vai se sair bem. ── confortou a nova e deixou um beijo na sua cabeça.
── Sim, tem razão.
Madame Hooch puxou um silvo forte no seu apito de prata e de repente quinze vassouras se ergueram no ar. Fora dada a partida.
“E a goles foi de pronto rebatida por Angelina Johnson, de Grifinória – que ótima artilheira
é essa menina, e bonita, também.”
── JORDAN!
── Desculpe, professora.
O amigo dos gêmeos Weasley, Lino Jordan, estava irradiando a partida, vigiado de perto pela Profa. Minerva.
As gêmeas não entendiam nadinha sobre quadribol, inclusive foi uma das poucas coisas que Filipa buscou saber.
“PONTO PARA GRIFINÓRIA!”
Elas ouvem Lino gritar e a torcida de Grifinória enche de berros o ar frio, e a torcida de Sonserina, de lamentos.
── Cheguem para lá, vamos.
── Rúbeo!
Ron e Hermione se apertaram para abrir espaço para Hagrid se sentar com eles.
── Estive assistindo da minha casa ── disse Hagrid, indicando um grande binóculo pendurado ao pescoço. Mas não é a mesma coisa que assistir no meio da multidão. Nem sinal do pomo ainda, não é?
── Não ── respondeu Ron. ── Harry ainda não teve muito o que fazer.
── Pelo menos não se machucou, já é alguma coisa ── disse Hagrid, levantando o binóculo e espiando o pontinho que era Harry lá no céu.
── E eu espero que não se machuque. ── as gêmeas sussurram entrelaçando suas mãos.
Muito acima deles, Harry sobrevoava o jogo, procurando um sinal do pomo. Isto fazia parte da estratégia montada por ele e Olívio.
– Fique fora do caminho até avistar o pomo – dissera Olívio. – Não queremos que você seja atacado sem necessidade.
Quando Angelina marcou, Harry tinha feito uns loops para extravasar a emoção. Agora voltara a procurar o pomo. Uma vez avistou um lampejo dourado, mas era apenas um reflexo do relógio de um dos gêmeos e outra vez um balaço resolveu disparar em sua direção e mais parecia uma bala de canhão, mas Harry se esquivou e Fred veio atrás dela.
── Tudo bem aí, Harry? ── Ele tivera tempo de gritar ao rebater o balaço com fúria na direção de Marcos Flint.
“Sonserina de posse da goles.” Lino Jordan continua narrando. “O artilheiro Pucey se desvia de dois balaços, dos dois Weasley, da artilheira Bell e voa para – esperem aí – será o pomo?”
Harry viu-a. Tomado de grande agitação, mergulhou em direção ao rastro dourado. O apanhador de Sonserina, Terêncio Higgs, vira o pomo também. Cabeça a cabeça, eles se precipitaram em direção ao pomo – todos os artilheiros pareciam ter esquecido o que
deveriam fazer, pararam no ar, para observar. Harry foi mais rápido que Terêncio – estava vendo a bolinha redonda, as asas batendo,
disparando para o alto –, imprimiu mais velocidade…
── Ohhh! ── Um rugido de raiva saiu da torcida de Grifinória embaixo. Marcos Flint tinha bloqueado Harry de propósito e a vassoura de Harry perdeu o rumo, Harry segurou-se para não cair.
── Saí dai dentuço! ── gritou Hannah.
── Falta! ── gritou a torcida de Grifinória. Madame Hooch dirigiu-se aborrecida a Marcos e em seguida deu a Grifinória um lance livre diante das balizas. Mas na confusão, é claro, o pomo de ouro desaparecera de vista outra vez.
── Fora com ele, juíza! Cartão vermelho! ── berrou Dino.
── Isto não é futebol, Dino ── lembrou Ron ── Você não pode expulsar jogador de campo no quadribol, e o que é um cartão vermelho?
── Deviam mudar as regras, Marcos podia ter derrubado Harry no ar. ── diz Hagrid concordando com Dino.
── Deixa eu ver ele na comunal. ── resmungou Lipp.
Lino Jordan estava achando difícil se manter neutro.
“Então – depois dessa desonestidade óbvia e repugnante...”
── Jordan! ── ralhou a Profa. Minerva.
“Quero dizer, depois dessa falta clara e revoltante...”
── Jordan, estou-lhe avisando…
“Muito bem, muito bem. Marcos quase matou o apanhador da Grifinória, o que pode acontecer com qualquer um, tenho certeza, portanto uma penalidade a favor de Grifinória, Spinnet bate, para fora, sem problema, e continuamos o jogo, Grifinória ainda com a posse da bola.”
Foi quando Harry se desviou de mais um balaço, que passou com perigoso efeito ao lado de sua cabeça, que a coisa aconteceu.
Sua vassoura deu uma perigosa e repentina guinada. Por uma fração de segundo ele achou que ia cair. Segurou a vassoura com firmeza com as duas mãos e os joelhos. Nunca sentira nada parecido antes.
Aconteceu outra vez. Era como se a vassoura estivesse tentando derrubálo. Mas uma Nimbus 2000 não decidia de repente derrubar seu cavaleiro. Harry tentou voltar em direção às balizas de Grifinória; tencionava avisar Olívio para pedir tempo – e então percebeu que a vassoura se descontrolara. Não conseguia virá-la. Não conseguia dirigi-la. Ela ziguezagueava pelo ar e de vez em quando fazia movimentos bruscos que quase o desequilibravam.
Lino ainda comentava.
“Sonserina ainda com a posse – Marcos com a goles – passa por Spinnet – por Bell – atingido no rosto com força por um balaço, espero que tenha quebrado o nariz – é brincadeira, professora – Sonserina marca – ah, não…”
A torcida da Sonserina vibrava. Ninguém parecia ter notado que a vassoura de Harry estava se comportando de maneira estranha.
Carregava-o lentamente cada vez mais alto, afastando-se do jogo, dando guinadas e corcoveando pelo caminho.
── Não sei o que Harry acha que está fazendo ── resmungou Hagrid. E espiou pelo binóculo. ── Se eu não entendesse da coisa, eu diria que perdeu o controle da vassoura... mas não pode ser…
De repente, as pessoas em todas as arquibancadas estavam apontando para Harry no alto.
Sua vassoura começara a jogar para um lado e para outro, e ele mal conseguia se segurar. Então a multidão gritou. A vassoura dera uma guinada violenta e Harry desmontara. Estava agora pendurado, aguentandose apenas com uma das mãos.
── Será que aconteceu alguma coisa à vassoura quando Marcos o bloqueou? ── cochichou Simas.
── Tem como isso acontecer? ── Ken perguntou genuinamente curioso.
── Não pode ser ── respondeu Hagrid, a voz trêmula. ── Nada pode interferir com uma vassoura a não ser uma magia negra muito poderosa, nenhum garoto poderia fazer isso com uma Nimbus 2000.
Ao ouvir isso, Hermione agarrou o binóculo de Hagrid, mas em vez de olhar para Harry no alto, começou a espiar agitadíssima para a multidão.
── Que é que você está fazendo? ── gemeu Ron, o rosto branco.
── O que está vendo? ── Filipa gritou.
── Eu sabia! ── exclamou Hermione. ── Snape. Olhe.
Lipp agarrou o binóculo, Snape estava no centro das arquibancadas do lado oposto. Tinha os olhos fixos em Harry e movia os lábios sem parar.
── Ele está fazendo alguma coisa, ele está azarando a vassoura ── disse Hermione.
── Que vamos fazer? ── as lufanas perguntaram juntas.
── Deixem comigo.
── Vou com você!
Antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, a dupla desapareceu. Ron apontou o binóculo para Harry. A vassoura vibrava com tanta força, que era quase impossível Harry se aguentar por muito mais tempo.
── Como está meu irmão? ── A Potter mais nova perguntou tentando achar o garoto na confusão.
── Péssimo.
A multidão se levantara, acompanhava com os olhos, aterrorizada, os gêmeos Weasley voaram para tentar transferir Harry a salvo para uma de suas vassouras, mas não adiantou – toda vez que se aproximavam dele, a vassoura subia mais alto.
Mantiveram-se em um nível mais baixo fazendo círculos sob Harry, obviamente na esperança de apará-lo se caísse... Marcos Flint apoderou-se da goles e marcou cinco vezes sem ninguém reparar.
── Anda logo, Meninas. ── murmurou Ron, desesperado.
Hermione e Filipa abriram caminho até a arquibancada onde estava Snape e agora corriam pela fileira atrás dele; nem parou para pedir desculpas quando derrubou o Prof. Quirrell de cabeça na fileira da frente.
── O que planeja fazer? ── sussurrou a sonserina.
── Você vai ver.
Ao chegarem perto de Snape, elas se agacharam, Mione puxou a varinha e disse algumas palavras bem escolhidas. Chamas vivas e azuladas saíram de sua varinha para a barra das vestes de Snape.
Levou talvez uns trinta segundos para Snape perceber que estava em chamas. Um grito súbito confirmou que Hermione conseguira o seu intento. Recolhendo o fogo num frasquinho que trazia no bolso ela retrocedeu depressa pela mesma fileira – Snape nunca saberia o que aconteceu.
Foi o suficiente. No alto, Harry conseguiu de repente voltar a montar a vassoura.
── Dara, olhe ele está bem. ── Ron estendeu o binóculo para a garota que suspirou aliviada.
Harry estava voando rápido de volta ao chão quando a multidão o viu levar a mão à boca como se fosse vomitar – ele pousou no campo de gatas – tossiu – e uma coisa dourada caiu em sua mão.
── Apanhei o pomo! ── gritou, mostrando-o no alto, e o jogo terminou na mais completa
confusão.
── Ele não agarrou o pomo, ele quase o engoliu ── continuava a esbravejar Flint vinte minutos depois, mas não fez diferença, Harry não infringira nenhuma regra e Lino Jordan
continuava a gritar alegremente o resultado:
Grifinória ganhara por cento e setenta pontos a sessenta.
Mais tarde naquele mesmo dia o grupo estava na cabana de Hagrid, esse que preparava chá com a ajuda da dupla lufana.
── Foi Snape ── explicou Ron. ── Nós o vimos. Ele estava azarando a sua vassoura, murmurando, não despregou os olhos de você.
── Bobagens ── disse Hagrid, que não ouvira uma única palavra do que se passara ao seu lado nas arquibancadas. ── Por que Snape faria uma coisa dessas?
O grupo se entreolharam, imaginando o que lhe contar. Harry decidiu contar a verdade.
── Descobri uma coisa ── falou a Hagrid. ── Ele tentou passar pelo cachorro de três cabeças no Dia das Bruxas. Levou uma mordida. Achamos que estava tentando roubar o que o cachorro está guardando.
Hagrid deixou cair o bule de chá.
── Como é que vocês sabem da existência do Fofo?
── Fofo?
── Aquele brutamontes se chama fofo? ── indagou a Abbott indignada.
── É... é meu... comprei-o de um grego que conheci num bar no ano passado. Emprestei-o a Dumbledore para guardar o…
── O quê? ── perguntaram os trigêmeos ansiosos.
── Não me perguntem mais nada – retrucou Hagrid com impaciência. ── É segredo.
Os três murcharam suspirando.
── Mas Snape está tentando roubá-lo. ── diz Ron.
── Bobagens ── repetiu Hagrid. ── Snape é professor de Hogwarts, não faria uma coisa dessas.
── Então por que ele tentou matar Harry? – perguntou Hermione.
Os acontecimentos daquela tarde sem dúvida tinham mudado a opinião dela sobre Snape.
── Eu conheço uma azaração quando vejo uma, Rúbeo, já li tudo sobre o assunto! A pessoa precisa manter contato visual e Snape nem ao menos piscava, eu vi!
── Vamos acreditar na Hermione, ela é inteligente. ── afirma Dandara.
── Estou dizendo que vocês estão enganados! ── falou Hagrid com veemência. ── Não sei por que a vassoura de Harry estava agindo daquela forma, mas Snape não iria tentar matar um aluno! Agora, escutem bem, os sete: vocês estão se metendo em coisas que não são de sua conta. Isto é perigoso. Esqueçam aquele cachorro e esqueçam o que ele está guardando, isto é coisa do Prof. Dumbledore com o Nicolau Flamel…
── Ah-ah! ── exclamou Harry. ── Então tem alguém chamado Nicolau Flamel metido na jogada, é?
── Quem é ele? ── questionou Ron e Dara juntos.
── Nomezinho de velho, ele deve estar caindo aos pedaços. ── Hannah como sempre reclamou.
── O que Fofo está guardando que atraia tanto Snape? ── Se perguntou Ken.
── Preciso pesquisar sobre esse cara. ── sussurraram Hermione e Filipa.
Hagrid parecia furioso consigo mesmo.
Após visitarem Hagrid em sua cabana, Filipa e Kendrick voltaram para a masmorra da Sonserina, mas logo saíram para a biblioteca afim se revisar novamente a redação de poções e finalizar as lições de transfiguração.
A conversa com Hagrid tinha sido tranquila, apesar da frustração que Filipa sentia com a vitória da Grifinória, mas não poderia estar mais feliz pelo irmão. Kendrick, no entanto, parecia mais incomodado que o normal, seu humor diminuindo a cada passo que davam de volta para a sala comunal.
── Você ainda está irritado com o jogo? ── Filipa perguntou, franzindo a testa.
── Não é isso, seu irmão mereceu. ── Kendrick resmungou, empurrando a porta da masmorra com força. ── Mas você viu Flint? Ele estava agindo como se fosse uma tragédia pessoal.
Filipa suspirou. Marcus Flint era o capitão do time da Sonserina e levava o Quadribol muito a sério. Mas havia algo que Filipa e Kendrick tinham escutado mais cedo naquele dia que fazia seu sangue ferver. Enquanto revisavam um trabalho na biblioteca, ouviram Flint conversando com alguns colegas sobre Harry.
"Aquele pirralho não deveria nem estar no time. Da próxima vez, alguém precisa ‘acidentalmente’ dar um jeito nele antes do jogo. Não podemos perder outra vez por causa de um novato ridículo."
As palavras ainda ecoavam na mente de Filipa. Não era apenas frustração pela derrota, era um desejo real de prejudicar Harry, e isso, para ela, era inaceitável.
── Nem se preocupe porque eu vou resolver isso.
── O que você vai fazer? ── ele perguntou, arqueando uma sobrancelha ── Não vai ser muita besteira né?
Filipa apenas lançou um olhar determinado antes de se afastar e atravessar a sala comunal da Sonserina, onde Flint estava sentado em um dos sofás de couro escuro, rindo com alguns alunos do sexto ano. Ela se aproximou com passos firmes e parou à sua frente, cruzando os braços.
── Ei, Flint.
O capitão do time da Sonserina levantou os olhos para ela, um sorriso debochado surgindo em seu rosto.
── Ora, ora, Potter, veio me agradecer pela derrota? ── ele provocou.
Os outros alunos riram, mas Filipa manteve a postura, sua expressão fria e calculista.
── Eu ouvi o que você disse sobre o meu irmão ── ela disparou, sua voz baixa, mas carregada de veneno. ── Você acha que pode "dar um jeito nele antes do jogo"? Ameaçando um aluno do primeiro ano?
Flint ergueu uma sobrancelha, surpreso por ela ter ouvido, mas se recuperou rapidamente, rindo.
── E se eu achar? Seu irmão só ganhou porque teve sorte. Não vai durar muito.
Filipa sentiu a raiva crescer dentro dela, queimando como fogo. Kendrick, que tinha se aproximado, murmurou um alerta:
── Filipa…
Mas ela já havia sacado a varinha.
── Densaugeo!
O feitiço atingiu Flint diretamente na boca antes que ele pudesse reagir. Um som grotesco ecoou pela sala comunal quando um dos dentes frontais dele se alongou repentinamente, crescendo de forma desproporcional e forçando seus lábios a se abrirem involuntariamente. Ele tentou gritar, mas o dente continuava crescendo, alongando-se ridiculamente para fora de sua boca.
O salão comunal ficou em silêncio por um momento antes de uma gargalhada escapar de Kendrick. Outros alunos começaram a rir também, apontando para Flint, que tentava desesperadamente cobrir a boca enquanto murmurava furioso.
Filipa inclinou a cabeça, fingindo um olhar pensativo.
── Oh, desculpe, Flint. Mas, pensando bem, esse dente combina com você. Sempre achei que tinha algo de castor na sua aparência.
A zombaria foi a gota d’água para Flint. Ele tentou erguer a varinha, mas Kendrick rapidamente interveio, apontando a dele.
── Nem tente ── Kendrick disse casualmente.
Flint, furioso, olhou ao redor, percebendo que ninguém estava do seu lado. Os alunos da Sonserina adoravam caos, mas ninguém queria se meter contra Filipa Potter, especialmente depois daquela demonstração.
── Isso não vai ficar assim, Potter! ── Flint rosnou, suas palavras saindo estranhamente por causa do dente gigante.
Filipa apenas sorriu friamente, guardando a varinha.
── Claro que não. Mas agora você sabe o que acontece quando se fala dos meus irmãos.
Ela se virou e saiu da sala comunal com Kendrick ao seu lado, enquanto as risadas e cochichos ainda ecoavam pelo salão.
── Aquilo foi brilhante ── Kendrick comentou.
— Só estou mostrando que ninguém pode mexer com a minha família.
Ela sabia que aquilo provavelmente traria consequências, mas não se importava. Ninguém ameaçava sua família impunemente.
Agradeço a todos que
chegaram até aqui.
Não esqueça de
deixar o seu voto e
comentário, por favor
não quero apelar para
as metas.
Lipp bem protetora
com o Harry 🤏🏼
Ansiosos para o
próximo capítulo?
Os trigêmeos vão
ver a imagem dos pais
pela primeira vez 😭
Até o próximo capítulo,
beijinhos amores.
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